A Bossa Nova tem como um de seus grandes legados a disseminação da música brasileira internacionalmente. Sob a influência do jazz, ela tornou o samba tradicional assimilável para os ouvidos estrangeiros. O movimento criou uma maneira inteiramente única de tocar e de compor. Gestou músicas que a um só tempo remetem à alegria e despojamento da cultura tupiniquim e possuem uma linguagem universal.

“Bossa” também é uma expressão popular brasileira. Diz-se que algo ou alguém “tem bossa” quando possui um caráter gracioso, uma habilidade especial ou uma certa capacidade de adaptação a diferentes contextos, sem perder sua integridade.

Há exatos 10 anos, a Sollos e Jader Almeida chamaram de Bossa uma nova cadeira, a primeira feita dentro dos padrões que viriam caracterizar o novo posicionamento da empresa, com foco na qualidade construtiva do móvel e na simplicidade aparente de estruturas complexas. Quase que instintivamente, imprimia-se nela as qualidades da música e o sentido figurado da palavra que lhe dá nome.

Medalha Comemorativa | Bossa 10 Anos

A cadeira Bossa nasceu brasileira em seus materiais e em suas formas. Usa apenas madeira e palhinha. Esse elemento, originário da Índia, foi trazido para o Brasil pelos portugueses e difundiu-se amplamente no móvel produzido no país desde o século 18, mas ficou conhecido mesmo pelo seu emprego no mobiliário moderno, como nas criações de Oscar Niemeyer, Joaquim Tenreiro e Jorge Zalszupin. Antes disso, porém, a palhinha já havia ganhado o mundo por causa das icônicas cadeiras Thonet.

Outra memória que está na essência da Bossa são as cadeiras “medalhão”, muito típicas em antigas fazendas de café no interior do país. No desenho de Jader Almeida, o tradicional formato oval do encosto ganha ar atual e cosmopolita, por meio de uma forma trapezoidal com os cantos arredondados. A robustez da estrutura de madeira maciça contrasta com a leveza da palhinha trançada no encosto e no assento. Todas as suas linhas tem curvas suaves, conferindo-lhe um desenho instigante, apesar de muito limpo.

Cadeira Bossa 10 Anos por Ruy Teixeira

A Bossa transita naturalmente por muitos estilos de ambientes. É uma cadeira que tem personalidade sem precisar gritar para se afirmar. Ela confirma a aposta da Sollos na atemporalidade de seu design, que se torna mais vigoroso e compreendido com o passar dos anos – hoje, é um dos best-sellers da marca e sua produção é constantemente revista e aprimorada. Se o tempo é a maior prova do amadurecimento de um produto, e do quanto ele é uma transição entre passado e futuro, a Bossa só vai melhorar nos próximos 10 anos.

Cadeira Bossa por Felipe Araujo e por Denilson Machado

BOSSA – 10 YEARS OLD. Bossa Nova has, as one of its great legacies, the international dissemination of Brazilian music. Under the influence of jazz, it transformed the traditional samba into something familiar to foreign ears. The movement created a completely singular way of of playing and composing. It created songs which at the same time conjure joy and cast aside Brazilian culture, all in a universal language.

“Bossa” is also a traditional Brazilian expression. It is said that someone who “has bossa”, is a person which possesses a graceful character, a special quality or power of adapting to different contexts without losing one’s integrity.

At exactly 10 years ago, SOLLOS and Jader Almeida gave the name Bossa to a chair, the first produced within the standards which would come to characterize the new direction of the company, with its focus on the constructive quality of the furniture piece and on the apparent simplicity of complex structures. Almost instinctively, in it were imprinted the same qualities both of the music and the figurative meaning of the word from which it takes its name.

Cadeira Bossa por Alessandro Grutz

The Bossa chair was born Brazilian in its materials and shapes. It uses only wood and rattan straw. This element, originally from India, was brought to Brazil by the Portuguese and has spread throughout the nationally produced furniture since the 18th century, but it only became truly well known by its use in modern furniture, such as in the creations of Oscar Niemeyer, Joaquim Tenreiro and Jorge Zalszupin. Before this, however, rattan straw had already made worldwide success due to the iconic Thonet chairs.

Another memory which is at the essence of Bossa are the French dining chairs, very typical in old coffee farm houses in the Brazilian countryside. In Jader Almeida’s design, the traditional oval shaped backrest receives a current, cosmopolitan feeling through its trapezoidal shape with rounded corners. The robust quality of the solid wooden structure contrasts with the lightness of the twined rattan straw on the backrest. All of its lines possess smooth curves, giving it a provoking, yet clean design.

Cadeira Bossa por Letícia e Guilherme

The Bossa moves naturally through many different styles. It is a chair which has personality, without the need of screaming out to affirm itself. It confirms the commitment of SOLLOS to the timelessness of its design, which grows more vigorous and understood with each passing year – today, it is one of the brand’s bestsellers and its production is constantly revised and improved. If time is the greatest trial to the maturity of a product and how well it positions itself as a transition between the past and the future, the Bossa will only improve with the next 10 years.